O Samba da Meia-Noite é um encontro que acontece de 15 em 15 dias embaixo do Viaduto Santa Tereza. Os organizadores levam tambores, pandeiros e outros instrumentos, assim sambadores e sambadeiras formam uma conformação de roda e retomam as raízes do Samba de Roda, patrimônio imaterial brasileiro, nascido no recôncavo baiano.
O evento apresenta pequena infraestrutura e não conta com o apoio da prefeitura, como outros evento que acontecem no mesmo local, como o Festival de Bandas Permanente.
No dia que fui a esse encontro, estava tendo, concomitantemente, uma festa da Polícia Militar de Minas Gerais na Serraria Souza Pinto, assim o Samba da Meia-Noite, ao invés de acontecer no lugar tradicional, foi intimidado para uma calçada, onde começou a "festa".
Quando cheguei, assustei-me com as pessoas que ali estavam frequentando, parecia um lugar desorganizado e até perigoso, mas logo fui me acostumando e vi que essa primeira impressão foi apenas um "pré-conceito" diante daquela infraestrutura e a diversidade das pessoas.
Pouco consegui ver do Samba de Roda, mas apenas assistir a empolgação dos participantes me deixou satisfeita e emocionada, com vontade de voltar para, quem sabe, dessa vez participar melhor.
quinta-feira, 7 de julho de 2016
quarta-feira, 6 de julho de 2016
Levantamento do local da Intervenção
O espaço escolhido foi o corredor que dá acesso à biblioteca da Escola de Arquitetura e Design da UFMG.
Fotos do espaço:
Levantamento feito no SketchUp:
Rede de implicações
Rede de implicações original
Muitos acessos → Automatismo → Indiferença entre as pessoas
→Espaço não apropriação
Rigidez estrutural → Pouco convidativo → Indiferença entre com o espaço
→Não apropriação
Muitas cores claras → Quietude → No espaço por sua presença
→Não perturbação da ordem
→ Frieza → Duradoura
→ Pessoas causando impactos
Biblioteca → Respeito → Não perturbação da ordem
→Vigilância entre as pessoas
Conservação do espaço
Rede de implicações após reavaliação
Muitos acessos → Automatismo → Gerar novos ritmos
→Surpreender
Rigidez estrutural → Pouco convidativo → Exploração
→Perverter
Muitas cores claras → Quietude → Concentrar-se
→Quebrar o silêncio
→ Frieza → Sair
→ Modificar o espaço
Biblioteca → Respeito → Desrespeitar
Conservação do espaço →Conservar
quinta-feira, 30 de junho de 2016
Arqueologia Existencial
A exposição Arqueologia Existencial de Farnese de Andrade aconteceu no Palácio das Artes e explora os medos do ser humano.
A exposição aconteceu em um cômodo completamente pintado de vermelho e com um som ambiente tenso, as obras eram, na maioria, feitas de madeiras e exploravam o psicológico irracional do homem.
Parecia ser dividida em duas partes, na primeira, Farnese retratava a dádiva que é a vida, por meio de passagens e representações do órgão genital feminino, que é de onde sai a vida.
Depois passávamos para um local bem mais macabro, as obras retratavam principalmente a morte, o medo dela e a fragilidade da vida. Muitos apresentavam resina, aranhas e cabeças de bonecas, o que transmitiam uma sensação de horror e espanto. Não eram agradáveis ou convidativas, pelo contrário, mórbidas e desconfortáveis de se ver.
Por últimos, haviam passagens bíblicas e cristãs, e até de outras religiões, como a Ubanda, que eu imagino representarem como o ser humano tenta lidar com toda essa agonia de esperar e de não conhecer o que acontece com ele depois da morte.
A exposição aconteceu em um cômodo completamente pintado de vermelho e com um som ambiente tenso, as obras eram, na maioria, feitas de madeiras e exploravam o psicológico irracional do homem.
Parecia ser dividida em duas partes, na primeira, Farnese retratava a dádiva que é a vida, por meio de passagens e representações do órgão genital feminino, que é de onde sai a vida.
Depois passávamos para um local bem mais macabro, as obras retratavam principalmente a morte, o medo dela e a fragilidade da vida. Muitos apresentavam resina, aranhas e cabeças de bonecas, o que transmitiam uma sensação de horror e espanto. Não eram agradáveis ou convidativas, pelo contrário, mórbidas e desconfortáveis de se ver.
Por últimos, haviam passagens bíblicas e cristãs, e até de outras religiões, como a Ubanda, que eu imagino representarem como o ser humano tenta lidar com toda essa agonia de esperar e de não conhecer o que acontece com ele depois da morte.
InSanidade
O espetáculo de dança InSanidade, realizado no Palácios das Artes é de um grupo social de dança de Viçosa-MG chamado Impacto.
Os dançarinos criaram um ambiente completamente insano e medonho para realizar a sua performance. O palco se adaptava a "cenas", uma com elásticos, outra com panos, com lanternas e holofortes, com cadeiras, bolas, e diversos objetos com os quais eles interagiam por meio da dança.
Os dançarinos criaram um ambiente completamente insano e medonho para realizar a sua performance. O palco se adaptava a "cenas", uma com elásticos, outra com panos, com lanternas e holofortes, com cadeiras, bolas, e diversos objetos com os quais eles interagiam por meio da dança.
Do que eu pude perceber do espetáculo, ele retratava tanto a insanidade que a sociedade chama de insanidade quanto comportamentos que podem ser considerados loucos, mas, para a sociedade, são "normais".
O show iniciou-se com um áudio incômodo que ficava apenas repetindo a frase "eu nao sou louco" enquanto um dançarino interpretava, até que a voz falou "Loucos são eles", assim os outros dançarinos entraram e começou as passagens. As que mais me chamaram atenção foi uma em que vários dançarinos se dispuseram em frente uma televisão sem tirar os olhos dela ou perceber o mundo a sua volta:
Em outra, eles criticaram a rotina imitando homens a trabalho falando no telefone com roupas sociais e malas nas mãos. Demonstraram o tempo correndo rápido, a pressa e o stress que eles sofrem, e que é considerado "normal".
Porém uma das mais interessantes foi uma em que quase todos os dançarinos estavam dentro de um pano e ficavam expondo o rosto e corpo contra ele, como se quisessem fugir mas não conseguiam, logo que saíram, estavam conectados por elásticos, o que deixou a dança mais insana.
No final, um dos dançarinos foi preso em uma camisa de força como se ele fosse o único louco, e imagens foram apresentadas de grandes figuras da Historia da Humanidade que já foram considerados locos, como Gandhi e Einstein, chegando à pergunta:
O que é loucura?
Quem pode julgá-la?
sábado, 11 de junho de 2016
terça-feira, 7 de junho de 2016
Crítica do vídeo de Débora Kan
A primeira coisa a chamar nossa atenção no vídeo da Débora é, acima de tudo, a música. Curiosa e com o tom de suspense prende nossa atenção para saber do que se trata exatamente o vídeo. Logo começam a aparecer flashes do objeto interativo, o que monta um clima de suspense mais intenso. Portanto, a tilha sonora, neste caso, ajudou para a vontade de interagir com o objeto, sem atrapalhar o relacionamento pessoa-objeto.
Porém, como o clima de suspense ficou muito bom, fez nós, expectadores, criarmos expectativas, que não são tão bem atendidas, pois mesmo com o objeto revelado, a trilha continua a mesma e a interação em si não é muito explorada, o que deixa-nos confusos, mas ainda idealizando como interagiríamos com o trabalho exposto.
Porém, como o clima de suspense ficou muito bom, fez nós, expectadores, criarmos expectativas, que não são tão bem atendidas, pois mesmo com o objeto revelado, a trilha continua a mesma e a interação em si não é muito explorada, o que deixa-nos confusos, mas ainda idealizando como interagiríamos com o trabalho exposto.
terça-feira, 31 de maio de 2016
segunda-feira, 30 de maio de 2016
Visita ao Inhotim - Galeria Cildo Meirelles
Na visita ao Parque do Inhotim meu grupo ficou de visitar a Galeria Cildo Meirelles, com ênfase na obra Através. A primeira impressão que tivemos ao encontrar o prédio da galeria foi uma dúvida: era ali que estava a exposição? O edifício era bem escondido e fechado, causando um receio de simplesmente abrir a porta e entrar, pois, será que isso era o certo?
Ao entrarmos nos deparamos mais inúmeras vezes com essa situação de não saber até onde podíamos entrar ou tocar. No centro da sala o chão era coberto por cacos de vidro, e sobre esse "tapete" havia diversos objetos geralmente usados para impedir a passagem ou visão das pessoas (como grades, cortinas, arames, vidro) e no centro uma enorme bola de papel celofane.
Croqui da entrada do edifício |
Ao entrarmos nos deparamos mais inúmeras vezes com essa situação de não saber até onde podíamos entrar ou tocar. No centro da sala o chão era coberto por cacos de vidro, e sobre esse "tapete" havia diversos objetos geralmente usados para impedir a passagem ou visão das pessoas (como grades, cortinas, arames, vidro) e no centro uma enorme bola de papel celofane.
Ao ler a descrição reparamos que era exatamente isso que Cildo Meirelles queria explorar: a reação das pessoas diante da proibição e promover que elas passem por cima dessas barreiras.
A arquitetura do prédio, mesmo não sendo feita especificamente para a obra se encaixava perfeitamente, tanto no exterior, por também parecer uma barreira, quanto no interior que propunha um clima tenso e misterioso, além da acústica que repercutia o som agoniante das pessoas pisando no vidro, o que, na nossa opinião, era um fator muito importante para levar a interpretação da obra ao máximo.
Croqui interno |
Pergunta sobre virtualidade e interatividade.
A pergunta propriamente elaborada não está mais comigo ou com meu grupo, mas a duvida que levantamos foi sobre o limite ou meio termo entre a mágica e a magia da experiência, isto é, como podemos conciliar a explicação sobre determinado objeto ou instalação e a dúvida sobre como essa "mágica" funciona.
Objeto para Corte a Laser
O objeto proposto para o corte a laser brincava com diversos formatos a partir do encaixe de discos em estruturas no formato de pentes.
Ele poderia ser montado e remontado de acordo com a imaginação da pessoa e poderia ter diversos usos, como para enfeita ou "porta-treco".
Trio: Alice Neves, Isabela Nunes e Luiza Fattini.
segunda-feira, 23 de maio de 2016
Primeira apresentação do objeto interativo
Meu objeto interativo se baseava na ideia de atrair pessoas por um interesse em comum, porém não encontrei uma maneira de fazê-las trazer seus interesses para comparar com o de outros espectadores. Assim, programei o meu para que elas descobrissem qual "interesse" estava no objeto e assim, de acordo com a aprovação ou reprovação, elas descobririam uma característica uma da outra.
Porém ele acabou indo além disso, quando fiz uma forma bem convidativa, e as pessoas se atraiam mais por ela do que pela história a ser narrada.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPZwzO4iyMi7afRSZZD-MNRfGVVBBrunQs9ZE-ujfhDnU-NYkUXSfsTorTbtzwKP61X20RWJ5CfcoHlWbS2tX32F7fR34MTp-NVWRJ0ebDRPHrI_zdrX8WssZLIMjOos3B7iuEyOE3QNw/s320/IMG_3239%255B1%255D.JPG)
Porém ele acabou indo além disso, quando fiz uma forma bem convidativa, e as pessoas se atraiam mais por ela do que pela história a ser narrada.
Para construí-lo montei 4 circuitos de leds, que enrolei com papel bolha para melhor difusão da luz, com sensores de pressão e 2 de vibracalls com sensor de movimento, assim ao apertá-lo ele brilhava e ao movimentá-lo ele vibrava. A estrutura dele foi feita com um pano com 5 repartições, uma central e duas como "pétalas" por fora, na abertura do meio enchi de bolinhas de isopor (para dar maciez mas ao mesmo tempo um pouco de firmeza) coloquei os dois circuitos que vibravam e uma caixinha de som onde era narrada a historia do primeiro livro da série Harry Potter, nas repartições dos cantos coloquei fibra (mais macia que o isopor) e os circuitos com leds.
II Crítica do objeto
Para auxiliar na interação entre duas pessoas seria interessante que a ideia se misturasse com a do objeto do Arthur, em que duas pessoas se posicionam uma de frente para outra para enxergar o que está dentro.
Croqui bem básico da estrutura, porém logo após terminar o desenho pensei que ao invés de evidente a localização da fonte de luz ela poderia ser mais discreta, assim um observador teria que descobrir até que ponto as fendas formam uma imagem para ele e até qual para a outra pessoa.
quarta-feira, 18 de maio de 2016
Apropriação do espaço
A apropriação do espaço, principalmente o urbano, pode acontecer por diversas formas e acaba por modificar o espaço por utilizá-lo de uma maneira inovadora. Aqui segue 5 modos de apropriação:
![](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_veRXxfwlbz0QtfCsg_hddiU63RaxM1WAXacevUcfUi1nB1pt8fjh5IduHrGpHrDi7-HccMCQhjTJkDA3eZ8a3zZhT0T-qBZEVyZHiLDdZON3THqHZjGyXJcD7jnGwbIYpEDSmQbwQPmIUYI6I=s0-d)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV-9ktrwhVWlFEqPdftv5zYFg_0kGAk8iTuhYw4GkG4Wdv52b7yeQQhNJ8CLbCcbGZX2fYh2muGsnMEk9htmB02jrLxmxHdiNP8HVbffUo6iKCrp_5_-zFAJWNU-f18gv2aDHbvSd_80GD/s1600/flaneur.jpeg)
A Deriva é uma prática em que o sujeito ignora rodos os preconceitos com o espaço e qualque informação que saiba sobre ele e sai andando, virando curvas aleatoriamente e anotando toda a experiência. É uma forma de apropriação por promover uma intensa relação pessoa-ambiente e um conhecimento de forma inovadora.
Flaneur
A Flaneur consiste em "vadiar" pelas ruas de uma cidade a fim de conhecê-las, segundo Boudelaurie. Isto seria passear pelo espaço sem um rumo específico, apenas observando os aspectos visuais, históricos, sonoros e todas as percepções que podem ser feitas da cidade.
Rolezinhos
Os rolezinhos são uma forma de apropriação que muito trouxe polêmica nos últimos anos. Consiste em um encontro programado de centenas de pessoas em locais públicos, como parques, praças, shoppings, entre outros. Na maioria, esses "rolês" são determinados nas redes sociais e feitos por jovens de classes mais baixas, a apropriação por esses grupos em shoppings ou locais considerados mais "elites" tem provocado intensas discussões sobre o assunto.
Flash Mob
O Flash Mob consiste em um grupo de pessoas que "param" um determinado local para realizar uma atividade programada, como uma apresentação de dança em um local público movimentado, ou de música em uma praça, desde que surpreenda os não envolvidos do espaço. Assim, há uma nova apropriação inesperada de um lugar em que não se era esperado esse tipo de espetáculo.
Parkour
O termo Parkour veio da expressão "parcours" que significa percurso em francês e se refere a um treino de transposição de obstáculos do seu ambiente e também uma busca pela autonomia e controle do corpo e mente sobre os desafios do cotidiano. Nessa prática os "traceurs" e "traceuses" adquirem uma nova visão, interagindo e reaproveitando, do ambiente ao seu redor, identificam, então, novos desafios e encontram a coragem de superar não apenas esses desafios dos locais como do próprio corpo. É uma forma de apropriação do espaço pois apresenta uma nova utilização para o mesmo: de desafios a serem arrebatados.
Deriva
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV-9ktrwhVWlFEqPdftv5zYFg_0kGAk8iTuhYw4GkG4Wdv52b7yeQQhNJ8CLbCcbGZX2fYh2muGsnMEk9htmB02jrLxmxHdiNP8HVbffUo6iKCrp_5_-zFAJWNU-f18gv2aDHbvSd_80GD/s1600/flaneur.jpeg)
A Deriva é uma prática em que o sujeito ignora rodos os preconceitos com o espaço e qualque informação que saiba sobre ele e sai andando, virando curvas aleatoriamente e anotando toda a experiência. É uma forma de apropriação por promover uma intensa relação pessoa-ambiente e um conhecimento de forma inovadora.
Flaneur
A Flaneur consiste em "vadiar" pelas ruas de uma cidade a fim de conhecê-las, segundo Boudelaurie. Isto seria passear pelo espaço sem um rumo específico, apenas observando os aspectos visuais, históricos, sonoros e todas as percepções que podem ser feitas da cidade.
Rolezinhos
Os rolezinhos são uma forma de apropriação que muito trouxe polêmica nos últimos anos. Consiste em um encontro programado de centenas de pessoas em locais públicos, como parques, praças, shoppings, entre outros. Na maioria, esses "rolês" são determinados nas redes sociais e feitos por jovens de classes mais baixas, a apropriação por esses grupos em shoppings ou locais considerados mais "elites" tem provocado intensas discussões sobre o assunto.
Flash Mob
O Flash Mob consiste em um grupo de pessoas que "param" um determinado local para realizar uma atividade programada, como uma apresentação de dança em um local público movimentado, ou de música em uma praça, desde que surpreenda os não envolvidos do espaço. Assim, há uma nova apropriação inesperada de um lugar em que não se era esperado esse tipo de espetáculo.
Seminário de Interatividade
Após lermos os textos sobre interatividade, escolhemos um exemplo que muito chamou a atenção do meu grupo e procuramos um outro que, pana nós, também foi interativo e atraente.
O primeiro foi Microphones (2008), de Rafael Lozano-Hemmer: uma instalação de detinha diversos microfones vintage em diferentes alturas dispostos em um círculo em uma sala fechada. Dentro de cada um tinha um gravador e tudo estava conectado a uma rede de computadores, assim quando alguém dissesse algo no microfone, sua voz seria gravada e a uma fala já registrada no sistema é tocada como uma "resposta" à pessoa. O interessante foi analisar a interação sem que duas pessoas estivessem necessariamente no mesmo local no mesmo tempo, isso poderia ser relativo.
O segundo foi uma obra de mestrado de Comunicação espacial da Universidade de Ciências Aplicadas de Meinz, chamada SHIFT. Era constituído de diversos cubos coloridos e próximos, onde as pessoas acabavam se sentando, porém ao "abaixar" um dos cubos, outro se levantava, as vezes um outro que também tivesse alguém sentado. Para o meu grupo, essa ideia de se encontrar em uma situação inesperada e engraçada com alguém incitaria uma troca de risos ou até de conversa, assim, estaria promovendo a interação.
O primeiro foi Microphones (2008), de Rafael Lozano-Hemmer: uma instalação de detinha diversos microfones vintage em diferentes alturas dispostos em um círculo em uma sala fechada. Dentro de cada um tinha um gravador e tudo estava conectado a uma rede de computadores, assim quando alguém dissesse algo no microfone, sua voz seria gravada e a uma fala já registrada no sistema é tocada como uma "resposta" à pessoa. O interessante foi analisar a interação sem que duas pessoas estivessem necessariamente no mesmo local no mesmo tempo, isso poderia ser relativo.
O segundo foi uma obra de mestrado de Comunicação espacial da Universidade de Ciências Aplicadas de Meinz, chamada SHIFT. Era constituído de diversos cubos coloridos e próximos, onde as pessoas acabavam se sentando, porém ao "abaixar" um dos cubos, outro se levantava, as vezes um outro que também tivesse alguém sentado. Para o meu grupo, essa ideia de se encontrar em uma situação inesperada e engraçada com alguém incitaria uma troca de risos ou até de conversa, assim, estaria promovendo a interação.
Crítica do objeto interativo
O objeto interativo que fiquei de criticar, do aluno Matheus, tem uma forma curiosa e portante convidativa, nos incita a descobrir o que aquilo faz. Promove uma relação dialógica entre a pessoa-objeto, pois ao entendermos como este funciona somos desafiados a criar novos desenhos e formas.
Porém, as lâminas muitas vezes ficam difíceis de manusear devido ao material usado, se a estrutura onde se encaixam as lâminas fosse feita com um material mais liso ou se as aberturas fossem suavizadas, ficaria mais prático.
A lógica da construção do objeto é finalística, pois a única coisa a se fazer é colocar e tirar as lâminas onde tem desenhos abstratos que formam sombras devido a uma fonte emissora de luz no fundo da estrutura, mas as possibilidades são tantas e tão desafiadoras que, primeiramente, eu classifiquei como programático. Na minha concepção há como encaixá-lo nas duas categorias. Sua construção foi finalística, mas a relação da pessoa-objeto é programática.
E esta relação é a mais promovida, pois a entre as pessoas não é muito facilitada. Cada um quer desenhar aquilo do seu inconsciente e não compartilhar a construção. É quase necessário pedir licença para quem estar manuseando para também mexer no objeto. Para que isso não acontecesse deveria ter uma segunda face onde houvesse outro jogo de sombras. Talvez com a utilização de espelhos o objeto tomaria um formato de "V" e permitiria duas pessoas mexerem aos mesmo tempo, ou com a fonte de luz no centro do "cano" que teria uma tela dos dois lados e as pessoas brincariam juntas, uma de frente para outra, mas cada uma com sua construção individual.
terça-feira, 17 de maio de 2016
O apaixonante cinema de Pedro Almodovar
Interessada com propagandas na escola, resolvi ir em um filme desse diretor que já ouvira ser polêmico, mas nunca tinha visto um filme assinalado por ele. Infelizmente, olhei a programação errada do dia errado e não consegui entrar em uma sessão. Assim, acabei procurando um dos filmes mais famosos e de Almodovar e assisti junto de minha prima. E, apesar de não ter funcionado ir até o Sesc Palladium para la analisar a produção, acho que minha experiência ainda conta...
A Pele em que Habito conta a história de um cirurgião louco interpretado por Antonio Banderas que, após a morte de sua mulher em um incêndio, usa uma cobaia para tentar encontrar uma pele perfeita (misturando DNA humano com o de porco). Isso é tudo que o filme nos conta no início. Assim surgem as questões, como quem é aquela mulher que tem o corpo usado para experimentos? Por que ela está presa em um quarto da casa? Por que a mansão só tem uma empregada? Quem é ela que parece ser mais que só isso?
Não responderei as perguntas em nome daqueles que ainda não assistirão o filme, mas no auge de nossa curiosidade os dilemas começam a se explicarem de uma forma calma e mas que só trás sentimentos de desgosto e incômodo para nós expectadores. Em certo momento você se apavora pensando no "será que..." E fica ainda mais horrorizado quando descobre que sua hipótese estava certa. O final do filme é para se refletir durante tempos: seria aquela história possível? Minha prima diversas vezes tornou a se indignar "Mas naquela cena do início do filme, era tal pessoa!" E eu fiquei na mesma reação.
Mas não comprei a história contada. A paixão enlouquecida, o trágico trauma de um assédio não me convenceram. É uma história interessante e aterrorizante, mas não promete um terror psicológico ou mesmo um drama simpatizante. Nenhum personagem, na minha opinião, conseguiu fazer com que torcêssemos por ele. Antonio Banderas é um louco que poderia ter esse potencial, mas durante todo o filme nenhuma diferença fazia se ele morresse ou não. Assim tambem com a personagem Vera, que deveria ser mais forte e nos fornecer um sentimento de vingança.
Como não participei de discussões (apenas com minha companhia), li algumas críticas para direcionar-me melhor para escrever esse texto. Vejo que não foi um dos melhores trabalhos de Almodovar (através delas), apesar de ser um dos mais famosos, e que realmente a história se perde na revelação dos mistérios. E as críticas, que eu pensei que teria, à sociedade, na realidade, quase inexistem.
É uma história de horror e loucura, que encabularia até os próprios loucos, pois acredito que ninguém gostaria de agir como o personagem de Banderas no filme. E pondera as irracionalidades humanas, seja a do cirurgião, seja a do personagem Vicent, ou o frágil emocional de Norma. E assim nos afeta culturalmente, apresentando-nos as possibilidades que poderiam acontecer devido a toda essa instabilidade da tao valorizada razão do ser humano.
A Pele em que Habito conta a história de um cirurgião louco interpretado por Antonio Banderas que, após a morte de sua mulher em um incêndio, usa uma cobaia para tentar encontrar uma pele perfeita (misturando DNA humano com o de porco). Isso é tudo que o filme nos conta no início. Assim surgem as questões, como quem é aquela mulher que tem o corpo usado para experimentos? Por que ela está presa em um quarto da casa? Por que a mansão só tem uma empregada? Quem é ela que parece ser mais que só isso?
Não responderei as perguntas em nome daqueles que ainda não assistirão o filme, mas no auge de nossa curiosidade os dilemas começam a se explicarem de uma forma calma e mas que só trás sentimentos de desgosto e incômodo para nós expectadores. Em certo momento você se apavora pensando no "será que..." E fica ainda mais horrorizado quando descobre que sua hipótese estava certa. O final do filme é para se refletir durante tempos: seria aquela história possível? Minha prima diversas vezes tornou a se indignar "Mas naquela cena do início do filme, era tal pessoa!" E eu fiquei na mesma reação.
Mas não comprei a história contada. A paixão enlouquecida, o trágico trauma de um assédio não me convenceram. É uma história interessante e aterrorizante, mas não promete um terror psicológico ou mesmo um drama simpatizante. Nenhum personagem, na minha opinião, conseguiu fazer com que torcêssemos por ele. Antonio Banderas é um louco que poderia ter esse potencial, mas durante todo o filme nenhuma diferença fazia se ele morresse ou não. Assim tambem com a personagem Vera, que deveria ser mais forte e nos fornecer um sentimento de vingança.
Como não participei de discussões (apenas com minha companhia), li algumas críticas para direcionar-me melhor para escrever esse texto. Vejo que não foi um dos melhores trabalhos de Almodovar (através delas), apesar de ser um dos mais famosos, e que realmente a história se perde na revelação dos mistérios. E as críticas, que eu pensei que teria, à sociedade, na realidade, quase inexistem.
É uma história de horror e loucura, que encabularia até os próprios loucos, pois acredito que ninguém gostaria de agir como o personagem de Banderas no filme. E pondera as irracionalidades humanas, seja a do cirurgião, seja a do personagem Vicent, ou o frágil emocional de Norma. E assim nos afeta culturalmente, apresentando-nos as possibilidades que poderiam acontecer devido a toda essa instabilidade da tao valorizada razão do ser humano.
terça-feira, 3 de maio de 2016
Parque municipal: croqui e representatividade
Ainda que seja bem realista, pela imagem do computador nós podemos apenas ter a noção de como é determinado local, o que é diferente de se sentir ocupando aquele espaço. No Street View, apesar de conseguirmos visualizar com vários ângulos, estes não são afetados por minha altura, ou pelo movimento do meu corpo, o balançar dos meus passos, como ocorre quando realmente estou lá.
Portanto, essa ferramenta representa o visual local com perfeição, sem a influência do observador, dando uma visão mais crua e técnica do lugar, servindo como uma ótima maneira de se criticar e analisar uma paisagem de modo racional, mas ela nao capta a essência e influência do que é "estar lá" pois isso vai além da razão, essa visão é, também, emocional.
Croqui do Viaduto Santa Teresa que está nos arredores do Parque Municipal, e que teve a passagem de baixo fechada com o passar dos anos segundo o histórico do Google Street View
domingo, 1 de maio de 2016
Segundo parágrafo sobre Animação Cultural
Após ler diversos parágrafos de meus colegas de sala pude observar que muito deles chegaram a conclusão de que os objetos podem, sim, estar dominando os seres humanas, o que condiz com parte de minha observação. Peguei-me pensando sobre o porquê de muitos não pararem para analisar a criação desses materiais e concluí que é porque essa parte já não importa. Nós, seres humanos, podemos inventar e reinventar qualquer coisa, mas já somos dominados pelos objetos existentes. Já dependemos deles o suficiente, até mesmo para dar origem a novos nos baseamos ou utilizamos objetos já existentes. Como no trabalho do objeto interativo, cada um de nós criou uma nova "coisa", mas utilizando outras que já existiam, como, no meu caso, tecido, isopor, fios de cobre, bateria, LEDs, e, também, buscando inspiração, como objetos que nos transmitem conforto.
terça-feira, 19 de abril de 2016
Primeira Maquete do Objeto Interativo
Para criar meu objeto interativo, parti da ideia de promover a interação por meio de interesses em comum entre as pessoas, como filmes, séries e músicas em comum.
Assim, imaginei um objeto que projetasse uma cena de um filme e induzisse as pessoas a irem assistir e reviver a cena, dizendo as falas para que a cena projetada continuasse rolando.
Assim, imaginei um objeto que projetasse uma cena de um filme e induzisse as pessoas a irem assistir e reviver a cena, dizendo as falas para que a cena projetada continuasse rolando.
Primeira Maquete, o "projetor" acoplado a sensores de som
Um rabisco de como funcionaria o objeto
segunda-feira, 11 de abril de 2016
O Complexo da Pampulha
Sob encomenda do presidente Juscelino Kubitschek, 5 prédios foram projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer em volta da lagoa da Pampulha em Belo Horizonte. Apesar de apenas 4 terem sido concretizados (um cassino, uma igreja, uma casa de baile e um clube de elite, o hotel não chegou a ser construído), o conjunto tornou-se patrimônio da UNESCO devido a beleza e inovações de suas estruturas.
Museu de Arte da Pampulha
![](https://catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2013/07/museu-de-arte-da-Pampulha.jpg)
Museu de Arte da Pampulha
![](https://catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2013/07/museu-de-arte-da-Pampulha.jpg)
Construído para ser um cassino, funcionou poucos anos até o presidente Gaspar Dutra proibir jogos de azar no território nacional, então passou a funcionar como um museu de arte. Na forma arquitetônica, há influencia dos princípios funcionalista de Le Corbusier e os jardins realçam a flora brasileira. O prédio abriga diversas obras e diferentes artistas, como Alberto da Veiga Guignard, Emiliano di Cavalcanti, Ivan Serpa, Tomie Ohtake, Franz Weissman e Amilcar de Castro.
Igreja São Francisco de Assis
Uma das principais atrações, a Igreja da Pampulha é recoberta por azulejos e painéis que retratam a Via Sacra e a imagem de São Francisco. Apesar de apresentar genialidades de Oscar Niemeyer, Burle Marx e Cândido Portinari, ficou proibido a realização de cultos na instalação durante 14 anos, devido ao seu caráter inovador.
Casa do Baile
Inicialmente, funcionou como um grande ponto de lazer, porém foi forçada a encerrar suas atividades em 1948 influenciada pelo fechamento do Cassino. Hoje funciona como referência urbanística e recebe exposições temporárias, divulga publicações, desenvolve seminários, encontros e outros eventos relacionados ao assunto.
Iate Tênis Clube
Construído para ser um espaço de esporte e lazer, o inaugurado Iate Golfe Clube tem o formato de um barco se lançando na lagoa. Único prédio do complexo que não se inspira na arquitetura moderna.
sexta-feira, 1 de abril de 2016
Croquis da EA
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