Os dançarinos criaram um ambiente completamente insano e medonho para realizar a sua performance. O palco se adaptava a "cenas", uma com elásticos, outra com panos, com lanternas e holofortes, com cadeiras, bolas, e diversos objetos com os quais eles interagiam por meio da dança.
Do que eu pude perceber do espetáculo, ele retratava tanto a insanidade que a sociedade chama de insanidade quanto comportamentos que podem ser considerados loucos, mas, para a sociedade, são "normais".
O show iniciou-se com um áudio incômodo que ficava apenas repetindo a frase "eu nao sou louco" enquanto um dançarino interpretava, até que a voz falou "Loucos são eles", assim os outros dançarinos entraram e começou as passagens. As que mais me chamaram atenção foi uma em que vários dançarinos se dispuseram em frente uma televisão sem tirar os olhos dela ou perceber o mundo a sua volta:
Em outra, eles criticaram a rotina imitando homens a trabalho falando no telefone com roupas sociais e malas nas mãos. Demonstraram o tempo correndo rápido, a pressa e o stress que eles sofrem, e que é considerado "normal".
Porém uma das mais interessantes foi uma em que quase todos os dançarinos estavam dentro de um pano e ficavam expondo o rosto e corpo contra ele, como se quisessem fugir mas não conseguiam, logo que saíram, estavam conectados por elásticos, o que deixou a dança mais insana.
No final, um dos dançarinos foi preso em uma camisa de força como se ele fosse o único louco, e imagens foram apresentadas de grandes figuras da Historia da Humanidade que já foram considerados locos, como Gandhi e Einstein, chegando à pergunta:
O que é loucura?
Quem pode julgá-la?
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