quinta-feira, 30 de junho de 2016

Arqueologia Existencial

  A exposição Arqueologia Existencial de Farnese de Andrade aconteceu no Palácio das Artes e explora os medos do ser humano.

 
  A exposição aconteceu em um cômodo completamente pintado de vermelho e com um som ambiente tenso, as obras eram, na maioria, feitas de madeiras e exploravam o psicológico irracional do homem.
  Parecia ser dividida em duas partes, na primeira, Farnese retratava a dádiva que é a vida, por meio de passagens e representações do órgão genital feminino, que é de onde sai a vida.


  Depois passávamos para um local bem mais macabro, as obras retratavam principalmente a morte, o medo dela e a fragilidade da vida. Muitos apresentavam resina, aranhas e cabeças de bonecas, o que transmitiam uma sensação de horror e espanto. Não eram agradáveis ou convidativas, pelo contrário, mórbidas e desconfortáveis de se ver.

  Por últimos, haviam passagens bíblicas e cristãs, e até de outras religiões, como a Ubanda, que eu imagino representarem como o ser humano tenta lidar com toda essa agonia de esperar e de não conhecer o que acontece com ele depois da morte.

InSanidade

   O espetáculo de dança InSanidade, realizado no Palácios das Artes é de um grupo social de dança de Viçosa-MG chamado Impacto.

   Os dançarinos criaram um ambiente completamente insano e medonho para realizar a sua performance. O palco se adaptava a "cenas", uma com elásticos, outra com panos, com lanternas e holofortes, com cadeiras, bolas, e diversos objetos com os quais eles interagiam por meio da dança.

   Do que eu pude perceber do espetáculo, ele retratava tanto a insanidade que a sociedade chama de insanidade quanto comportamentos que podem ser considerados loucos, mas, para a sociedade, são "normais".
   O show iniciou-se com um áudio incômodo que ficava apenas repetindo a frase "eu nao sou louco" enquanto um dançarino interpretava, até que a voz falou "Loucos são eles", assim os outros dançarinos entraram e começou as passagens. As que mais me chamaram atenção foi uma em que vários dançarinos se dispuseram em frente uma televisão sem tirar os olhos dela ou perceber o mundo a sua volta:

   Em outra, eles criticaram a rotina imitando homens a trabalho falando no telefone com roupas sociais e malas nas mãos. Demonstraram o tempo correndo rápido, a pressa e o stress que eles sofrem, e que é considerado "normal".
  Porém uma das mais interessantes foi uma em que quase todos os dançarinos estavam dentro de um pano e ficavam expondo o rosto e corpo contra ele, como se quisessem fugir mas não conseguiam, logo que saíram, estavam conectados por elásticos, o que deixou a dança mais insana.
   

   No final, um dos dançarinos foi preso em uma camisa de força como se ele fosse o único louco, e imagens foram apresentadas de grandes figuras da Historia da Humanidade que já foram considerados locos, como Gandhi e Einstein, chegando à pergunta:
O que é loucura?
Quem pode julgá-la?

terça-feira, 7 de junho de 2016

Primeiro SketchUp Sensitivo Individual


Crítica do vídeo de Débora Kan

   A primeira coisa a chamar nossa atenção no vídeo da Débora é, acima de tudo, a música. Curiosa e com o tom de suspense prende nossa atenção para saber do que se trata exatamente o vídeo. Logo começam a aparecer flashes do objeto interativo, o que monta um clima de suspense mais intenso. Portanto, a tilha sonora, neste caso, ajudou para a vontade de interagir com o objeto, sem atrapalhar o relacionamento pessoa-objeto.
   Porém, como o clima de suspense ficou muito bom, fez nós, expectadores, criarmos expectativas, que não são tão bem atendidas, pois mesmo com o objeto revelado, a trilha continua a mesma e a interação em si não é muito explorada, o que deixa-nos confusos, mas ainda idealizando como interagiríamos com o trabalho exposto.