terça-feira, 29 de março de 2016

Animação Cultural

   Curiosa é a sensação que nos envolve assim que lemos análises do ou o próprio texto "Animação Cultural" de Vilém Flusser, que nos apresenta a visão do mundo pela perspectiva de uma mesa. No início parece confuso e surreal, principalmente quando se observa a protagonista sentir-se superior ao homem e até propor uma Revolução para solidificar essa superioridade. Mas essa uma ideia que raramente se pensa sobre, pois parece óbvio o ser humano dominar os objetos. Esse texto nos faz pensar: por que não o contrario? E, em certo modo, ele está certo. Na sociedade contemporânea, o homem é extremamente dependente da tecnologia e dos objetos, a vida de ninguém seria a mesma caso esses seres inanimados se recusassem a nos obedecer. Talvez sejamos mais dependentes deles do que eles de nós.
   Porém há o fator da criação: é o homem quem dá origem aos objetos, com a intenção de facilitar a própria vida. Assim, para existirem, os instrumentos dependem da mão de obra e da criatividade humana.
   Portanto, o mais adequado de se pensar, em minha opinião, seria não vangloriar nenhum dos dois fatores, pois são interdependentes entre si. Não há um superior ao outro e esse deveria ser o pensamento mútuo, e é a conclusão que pude resgatar da ficção apresentada.

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